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TEMPO

Ontem, primeiro dia de 2016, comecei meu novo plano de leitura bíblica anual. Resolvi utilizar um plano bem diferente dos que estou habituado (pode ser encontrado aqui ) e, neste plano, logo no primeiro dia, aparece o texto de Eclesiastes 3.1-8. Eclesiastes é um dos livros de literatura de sabedoria que podemos encontrar na Escritura. A grande temática deste livro é que a morte é um fator nivelador de todos. Ela nivela homens e animais, sábios e néscios. A ideia é que, visto que a morte nivela todos, a sabedoria está em viver, em como viver bem. A sabedoria está em reconhecer os prazeres da vida (comer, beber, desfrutar das bênçãos) como sendo vindos do Senhor. O ímpio também comerá, beberá e desfrutará daquilo que vem de Deus. Entretanto, ele não reconhece que elas procedem de Deus, e nisto reside a falta de sabedoria. Ser sábio, portanto, não é ter uma vida sem problemas ou com tudo que se quer. A vida do sábio não é o grande dilema trazido pela morte. A vida do sábio é

LIDANDO COM AS PERDAS

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Morte. Eis aí uma palavra (com todas as suas variações) que nos incomoda profundamente. Ninguém gosta da morte. Ninguém quer a morte logo. Ninguém acha a morte, num primeiro momento, uma coisa boa, em qualquer aspecto que seja. Pus-me a refletir bastante sobre este assunto esta semana pois, na última segunda-feira, por volta das 22h30, recebi a notícia de que um pastor muito querido, Rev. Sebastião Guimarães, havia falecido. Morreu novo a meu ver, com apenas 70 anos, vitimado de um câncer. Tive a oportunidade de visitá-lo exatos 10 dias antes de sua morte e, desta visita e de sua morte, passei a refletir sobre algumas questões que podem nos prover conforto nesses momentos tão difíceis da vida e nos ajudar a lidar com as perdas.

QUAIS SÃO ALGUMAS RESPOSTAS PECAMINOSAS AO PECADO?

As respostas pecaminosas ao pecado são tão numerosas que uma lista completa é impossível. Entretanto, um exame de dez respostas pecaminosas em particular ao pecado pode nos ser útil para que não respondamos pecaminosamente ao pecado, e sim com arrependimento. Este tipo de entendimento ajuda devido ao fato que os pecadores, com frequência, são pecaminosos em como falam acerca de seu pecado e na maneira como respondem a ele. Si os amamos, devemos estar conscientes de suas táticas. Por outro lado, também temos que examinar continuamente nossas próprias respostas ao pecado, esforçando-nos para revelá-lo. 1. Existe a tendência de minimizar o pecado. Isto é, é muito simples comparar o nosso próprio pecado com outros aparentemente maiores e mais odiosos, a fim de minimizar a culpa. 2. Existe a enganosa crença de que o meu pecado é diferente de qualquer outra pessoa porque tenho boas razões que o legitimam. Às vezes isto vai ao ponto de dizer que, pelo fato de Deus ter utilizado em

SÓ CRISTO?

A igreja evangélica brasileira vive, de uma forma geral, uma crise de identidade. O que muitas vezes é chamado de cristianismo, nada mais é que um subcristianismo , um subproduto do evangelicalismo moderno, que não traz o Evangelho puro e simples, antes, traz um “evangelho” ao gosto do “freguês” (também chamado de “crente”). Uma das máximas da Reforma Protestante do século XVI é o “ Solus Christus ”, expressão latina que quer dizer “Só Cristo”, demonstrando e afirmando a suficiência total do Senhor Jesus na vida da igreja. Um grande problema que a igreja evangélica tem enfrentado, de forma geral, na atualidade, é que tal máxima já não faz sentido para alguns. Parece que vive-se na época do “Cristo mais”. É sempre “Cristo mais alguma coisa”. É “Cristo mais toalhinha”, “Cristo mais água do Rio Jordão”, “Cristo mais óleo ‘ungido’”, e por aí vai. E, assim, a suficiência do Senhor Jesus vai sendo solapada grosseiramente.

SONHO COM UMA IGREJA...

(Inspirado em um texto de John Stott) Sonho com uma igreja que seja uma igreja puramente bíblica . Uma igreja que reconheça a importância fundamental das Sagradas Escrituras para o seu viver. Uma igreja que não abra mão de quaisquer valores das Sagradas Letras. Uma igreja que esteja firmada, protelada, enraizada, fundamentada e embasada tão-somente na Bíblia Sagrada. Uma igreja que entenda que a Bíblia é o livro de Deus para nos orientar, guiar, consolar, exortar, corrigir e ensinar. Sonho com uma igreja bíblica. Sonho com uma igreja que seja uma igreja adoradora . Uma igreja que entenda a adoração verdadeira e sincera como algo muito maior que apenas alguns minutos no templo. Uma igreja que entenda a adoração como um estilo de vida, não como um estilo de música. Uma igreja que entenda que a adoração é racional e é emocional, de maneira bem equilibrada. É racional pois somos chamados a oferecer um culto lógico, pensado, refletido. E é emocional porque o Evangelho gera emoção.

Os 10 melhores livros de 2014

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No último ano acabei me esquecendo de fazer esta lista. Este ano não, rs. Confesso que fui tentado a fazer uma lista “Top 15”, mas resolvi manter o “Top 10”, e aí estão os melhores livros que li este ano: A cruz do Rei – Timothy Keller (Vida Nova) Como disse meu amigo Maicon , “Nunca mais prego no Evangelho de Marcos sem antes ler o que Tim Keller diz!”. É maravilhoso! Keller é um dos meus autores favoritos, mas neste livro ele se superou. É muito profundo, ao mesmo tempo em que exala simplicidade. Keller uniu, com maestria, doçura e densidade, poesia e argumentação sólida, piedade e teologia. Leia! Leia! Leia este livro!

IMPOSSÍVEL?

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“Pois nada é impossível para Deus."  (Lucas 1:37) A narrativa bíblica pode muito bem ser resumida em três palavras: criação, queda e redenção. Quando pensamos em criação, somos levados a Gênesis 1 e 2, onde Moisés relatou a grandeza de Deus e seu poder criativo. Lemos lá que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, dentre outras coisas, o homem foi criado em um estado de plena retidão, sem pecado. Entretanto, a segunda palavra da tríade acima mostra que as coisas não continuaram tão bem quanto eram. Em Gênesis 3 lemos o relato da queda. Lá, Adão foi tentado pela Serpente e cedeu à tentação. A vida plena, que antes era uma realidade, agora passa a ser uma impossibilidade. Com a queda, a morte passa a ser a realidade, e não a vida. E é a partir daí que lemos o relato da redenção, quando Deus frustra as impossibilidades. Logo após a queda Deus anuncia a redenção. Em Gênesis 3.15 ele afirma que viria um, filho de mulher, que esmagaria de uma vez por todas a ca