IMPOSSÍVEL?

“Pois nada é impossível para Deus."  (Lucas 1:37)

A narrativa bíblica pode muito bem ser resumida em três palavras: criação, queda e redenção. Quando pensamos em criação, somos levados a Gênesis 1 e 2, onde Moisés relatou a grandeza de Deus e seu poder criativo. Lemos lá que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, dentre outras coisas, o homem foi criado em um estado de plena retidão, sem pecado. Entretanto, a segunda palavra da tríade acima mostra que as coisas não continuaram tão bem quanto eram. Em Gênesis 3 lemos o relato da queda. Lá, Adão foi tentado pela Serpente e cedeu à tentação. A vida plena, que antes era uma realidade, agora passa a ser uma impossibilidade. Com a queda, a morte passa a ser a realidade, e não a vida. E é a partir daí que lemos o relato da redenção, quando Deus frustra as impossibilidades.

Logo após a queda Deus anuncia a redenção. Em Gênesis 3.15 ele afirma que viria um, filho de mulher, que esmagaria de uma vez por todas a cabeça da serpente, triunfando absoluto! Milhares de anos se passam, e em todo este tempo, o povo de Deus vai peregrinando crendo na promessa de Gênesis 3.15: “Sim, haverá um Messias!”.

Adão conseguiu tornar a vida uma impossibilidade. Mortos em nossos delitos e pecados, jamais poderíamos conquistar a vida. Um morto é incapaz de ressuscitar a si mesmo. Era necessário que alguém vivo agisse. Mas quem? Que homem poderia agir em favor de homens? Que homem poderia cumprir a penalidade do pecado dos homens de forma perfeita? Somente um que fosse Deus-homem. Somente Cristo.

O texto de Lucas que encabeça este texto está inserido no anúncio que Gabriel fez a Maria (nossa irmã, não nossa mãe). Gabriel afirma que ela, mesmo sendo virgem, teria um filho. O anjo, diante daquela pontinha de dúvida no coração de Maria, afirma categoricamente: “Para Deus nada é impossível”. Aqui é uma das chaves para entender a graça da salvação. A salvação é impossível aos homens (cf. Mc 10.27), mas não é impossível para Deus. O próprio Deus já mostrava, desde Gênesis 3, que a impossibilidade humana não prevalece diante do seu poder.

Poderíamos conquistar vida? Impossível. Poderíamos ser salvos? Impossível. Poderíamos agradar a Deus? Impossível. Poderíamos fazer a vontade de Deus? Impossível? Poderíamos merecer a salvação? Impossível. Tudo isso é absolutamente impossível aos homens, mas não há impossíveis para Deus. Deus é aquele que frustra nossas impossibilidades mostrando que o Rei de toda história é ele. A besteira que Adão fez no Éden não anulou o poder de Deus.

Quando celebramos o Natal devemos nos lembrar do Deus das possibilidades. Do Deus que torna os nossos impossíveis em realidade. Do Deus que prometeu redenção e que cumpriu redenção. Do Deus que, sabendo que a salvação é impossível aos homens, decidiu, ele mesmo, salvar. Não me conformo em celebrar, especialmente na época do Natal, somente o nascimento de Jesus. Não faz sentido celebrar simplesmente o menino inocente na manjedoura! Natal tem algum sentido se entendemos que o “Menino Jesus” cresceu, sofreu, morreu por nós e ressuscitou ao terceiro dia, triunfando de uma vez por todas!

A maravilha do nascimento de Jesus é que ele não permaneceu como aquele recém-nascido! Jesus cresceu! Se Jesus nasceu em dezembro, abril, setembro… sei lá! O que sei é que ele nasceu, aprendeu a falar, a andar, que ele cresceu em sabedoria, estatura e graça (cf. Lc 2:52).

Natal só faz sentido ser celebrado se nos lembrarmos que Jesus Cristo, o filho de Deus, saiu da manjedoura para caminhar até a cruz! Só faz sentido se olharmos para Jesus como aquele consumou sua obra não como um bebê, mas, como homem feito, aliás, como Deus-homem. Só faz sentido se entendermos que Jesus não é mais aquele bebê ameaçado de morte por Herodes. Só faz sentido se entendermos que ele é aquele que foi preservado por Deus para, no momento certo, dar sua vida em resgate de muitos. Natal só faz sentido se a celebração for ao Cristo Vivo e Vencedor, e não ao “menino Jesus”.

Só há sentido em celebrar o Natal se nos lembramos que não há impossíveis para Deus. Que o que parecia impossível – um menino nascer de uma virgem, os homens serem salvos, o Cristo sair vivo do túmulo ao terceiro dia – é nada diante de Deus. Que Deus faz o impossível acontecer por amor à sua glória e aos seus filhos.


Natal é tempo de celebrar o Deus que faz o impossível acontecer!

Comentários

  1. Benção demais Arthur!

    São 01:28h da madruga, e eu parei pra ler seu blog. Muita boa palavra. Poder ainda receber essas suas mensagens, mesmo que por um blog, meio que dá até a impressão de que você ainda tá por aqui e não voltou pra sua terra. Que Jesus continue te abençoando muito, e que suas ovelhas possam ver o quanto você é especial como Pr., assim como eu já via como amigo. Você é sempre bem vindo pra visitar Aimorés, assim como eu ainda vou arrumar um jeito de visitar esse buraco onde você mora pra poder ver você pregando ao vivo e a cores (com allstar). Deus te abençoe muitão, meu amigo, irmão, Pastor, panda, hug receiver, varão ungido and fire shoes! Saudade de você já Pr. PandArthur! :D

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  2. Ok... você acabou de receber dois comentários na mesma postagem, pois eu achei que o primeiro havia dado erro. Acho que o último comentário ficou melhor. Deixa o último em que eu te chamo de Hug Receiver. Gostei dessa parte. O outro você deleta e para de ficar querendo ostentar deixando tudo ser postado! ¬¬° Obs. Assim como esse comentário. Pode deletar ele também.

    Obs.2: Vontade de te dar um abraço caraaaa! :DDD

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  3. HAHAHAHAHA!

    Vc é sensacional, BÁtila! Não, eu não tô com saudade dos seus abraços :P

    Mas vc é um cara legal! :D (Acredite, eu tô te elogiando muito falando isso! hahaha).

    Qualquer hora eu visito o deserto de Aimorés, e vc vem também em Martins Soares receber a unxão! :P

    Abração, amigo! Saudades!

    Obs.: Sim, eu vou deixar os dois comentários! XD

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