LIDANDO COM AS PERDAS
Morte. Eis aí uma palavra (com
todas as suas variações) que nos incomoda profundamente. Ninguém gosta da
morte. Ninguém quer a morte logo. Ninguém acha a morte, num primeiro momento,
uma coisa boa, em qualquer aspecto que seja.
Pus-me a refletir bastante sobre
este assunto esta semana pois, na última segunda-feira, por volta das 22h30,
recebi a notícia de que um pastor muito querido, Rev. Sebastião Guimarães, havia falecido. Morreu novo a
meu ver, com apenas 70 anos, vitimado de um câncer. Tive a oportunidade de
visitá-lo exatos 10 dias antes de sua morte e, desta visita e de sua morte,
passei a refletir sobre algumas questões que podem nos prover conforto nesses
momentos tão difíceis da vida e nos ajudar a lidar com as perdas.
Primeiramente, a morte de um cristão sempre é encarada com graça. Uma
das marcas do verdadeiro cristão é a graça do Senhor Jesus que opera nele.
Certamente isso se dá porque o verdadeiro cristão, embora possa ficar
apreensivo com a ideia da morte, não a teme, pois sabe que o Salvador já
garantiu a vitória sobre ela. O cristão verdadeiro sabe que a morte não é o fim, sabe que a morte é, na realidade, o início de algo melhor. Portanto, a graça para enfrentar a realidade da morte é algo que pode trazer doçura a um momento tão amargo.
Em segundo lugar, podemos ter sempre esperança. Se uma pessoa a
quem muito amamos morreu com Cristo, podemos ter uma esperança certa de que ela
está, agora mesmo, desfrutando dos gozos da eternidade com o Senhor. Se a esta
pessoa fosse dada a opção de voltar, certamente ela não voltaria! Como Paulo
disse, estar com Cristo é infinitamente melhor! “Mas”, talvez você pergunte, “e
se quem morreu não morreu com Cristo”? Sempre tenha esperança. Não sabemos o
que o Senhor pode ter feito no final da vida de alguém. Muito provavelmente as pessoas que estavam distantes das três cruzes no dia do sacrifício do Senhor Jesus devem ter pensado que os dois ladrões certamente iriam para o inferno. Contudo, o Senhor Jesus disse com toda a segurança que um deles passaria, naquele mesmo dia, a viver no Paraíso. Podemos e devemos
sempre ter esperança (nesse caso, não certeza) de que a pessoa pode ter sido
atraída graciosamente pelo Salvador, mesmo no último suspiro.
Por fim, a morte vai morrer. A melhor maneira de lidarmos com as perdas
é saber que a morte não é o ponto final da história. Na sua ressurreição, o
Senhor Jesus declarou que a morte não vence! Ele vence! Ele triunfa! Ele
desafia a autoridade da morte porque ele é o Autor da Vida! Assim sendo, diante
da morte, tenha convicção de que a morte não é o fim. Na verdade, a morte terá
um fim!
É claro que nós, mesmo com essas
observações, não nos acostumamos com a morte, não nos adaptamos às perdas. Mas,
seguramente, podemos reagir melhor quando o Senhor quiser chamar alguém próximo
de nós.
Finalizo com as doces e encorajadoras palavras inspiradas pelo Espírito e escritas por Paulo à igreja de Corinto: “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e
o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita:
‘A morte foi destruída pela vitória’. ‘Onde está,
ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?’ O aguilhão da morte
é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo.” (1Co 15:54-57).
Em Cristo,
Arthur Corrêa
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