E se Jesus não tivesse nascido?
Já parou pra pensar nisso? É uma
pergunta que suscita um certo incômodo naqueles que denominam-se cristãos. Ora,
Jesus é o cerne do Cristianismo, sem Ele, não haveria cristianismo. Mas, muito
mais do que apenas não existir o cristianismo, se Jesus não tivesse nascido as
conseqüências seriam absolutamente drásticas para a história de toda a raça
humana. Jesus é central na história da humanidade. Mesmo aqueles que não crêem
nele (ao menos na cultura ocidental), tem que dar o braço à torcer e dividir a
história em “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo”. Mas, ainda assim, isto não
é o centro do nascimento de Cristo. Dividir a história da humanidade é algo
periférico se pensarmos realmente no propósito do nascimento de Jesus.
Voltamos à questão: E se? E se
Jesus não tivesse nascido?
Se Jesus não tivesse nascido, o descendente
da mulher não esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3:15), consumando a redenção
definitiva dos filhos de Deus.
Se Jesus não tivesse nascido, os
sacrifícios todos descritos em Levítico não valeriam de nada, pois não eram um
fim em si mesmos, mas apenas uma mensagem do sacrifício perfeito que haveria de
vir em Cristo.
Se Jesus não tivesse nascido, muitos
dos cânticos sagrados, os Salmos, não passariam de mentira, afinal, os reis da
terra não se levantariam contra o Ungido de Deus (Sl 2:2), o Messias jamais
clamaria por seu desamparo (Sl 22:1) e a Pedra Angular não seria rejeitada
pelos construtores (Sl 118:22).
Se Jesus não tivesse nascido,
que esperança poderiam trazer os profetas? Isaías seria um tremendo mentiroso! Afinal, se Jesus não tivesse nascido, o mundo permaneceria em trevas (Is 9:2), a glória
do Senhor não se manifestaria de maneira tão palpável (Is 40:5), nós
permaneceríamos perecendo nas dores de nosso pecado e continuaríamos sendo
ovelhas desgarradas (Is 53:4-6). Se Cristo não nascesse, como iríamos às águas
(Is 55:1)? Se Ele não tivesse nascido, jamais ouviríamos as boas-novas aos
quebrantados, a libertação proclamada aos cativos e a liberdade apregoada aos
algemados (Is 61:1).
Se Jesus não tivesse nascido,
não só Isaías poderia ser tido como mentiroso, mas também Miqueias, que disse
que de Belém nasceria o Grande Rei (Mq 5:2); se Jesus não tivesse nascido, que
sentido teria o profeta Sofonias em dizer que o Senhor estaria no meio do povo, poderoso
para salvar (Sf 3:17)? Se Jesus não tivesse nascido, a glória do segundo templo
não poderia ser maior que a do primeiro (Ag 2:9). Se Jesus não tivesse nascido,
o Sol da Justiça, que vem trazendo salvação em suas asas, não brilharia (Ml
4:2).
Percebeu o grande problema que seria
se Jesus não tivesse nascido? E até agora só falei do Antigo Testamento! E sabe
por quê? Porque se Jesus não tivesse nascido, nem Novo Testamento teria! Jesus
inaugura e instaura a Nova Aliança. O Renovo (Is 11:1) renova a aliança de Deus
com seu povo, traz salvação em suas asas, libertação aos cativos, e põe em
liberdade os algemados.
Se Jesus não tivesse nascido,
nossa única esperança seria o sofrimento eterno, nada mais. Mas, glória a Deus!
Jesus nasceu! O que os profetas disseram sobre Jesus cumpriu-se! Ele veio! Um
menino, nascido de mulher, que cumpriu o sacrifício perfeito em favor de uma
humanidade caída e sem esperança. Jesus nasceu! O Grande Rei é aquele que “se
fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:14).
Eu sei que há infindáveis
discussões sobre o Natal, se devemos ou não comemorá-lo. Creio que, como
cristãos, não há mal em se celebrar, alegremente, com imensa gratidão, o grande
amor de Deus por nós revelado no nascimento, sofrimento, morte, ressurreição e
ascensão de Jesus. Celebre ao Rei! Natal não é Papai Noel, não é troca de
presentes, não é “pisca-pisca” na parede de casa! Natal é Cristo! Natal é
celebração do amor de Deus! É isto que você é convidado a fazer. Alegre-se,
glorifique, exalte ao Deus Todo-Poderoso que decidiu, livre e espontaneamente,
amar alguns para serem seus filhos, mediante Jesus Cristo.
Se Jesus não tivesse nascido,
estaríamos perdidos. Mas Ele nasceu, e uma vez disse: "Eu sou o Caminho…" (Jo
14:6), portanto já não estamos mais perdidos se andamos por Cristo Jesus. Ele nasceu, e uma vez disse "Eu sou o Pão da vida..." (Jo 6:48), por isso não temos mais fome espiritual se d'Ele nos alimentamos. Ele nasceu, e uma vez disse que era o Mestre (Jo 13:13), por conta disso, caminhamos por ensinos verdadeiros. Por fim, Ele nasceu, e uma vez disse: "Eu sou a ressurreição e a vida.", e é nisto que firma-se nossa esperança real de vida eterna e não mais de condenação!
Jesus nasceu. Dia 25/12? Provavelmente não. Mas Ele nasceu. Portanto, tratemos de celebrar este ato do grande amor de Deus e que nosso brado altissonante e solene seja: " E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." (At 4:12).
No mais, Feliz Natal com Cristo!
N’Ele,
Arthur Corrêa
Muito legal esse artigo. Meus Parábens !
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